Todos nós temos momentos em que nossas palavras revelam mais sobre nós do que imaginamos.
Para pessoas que já foram emocionalmente feridas, certas frases podem se tornar parte do vocabulário do dia a dia—muitas vezes sem que percebam.
Essas frases podem parecer inofensivas ou até normais à primeira vista, mas a psicologia sugere que elas podem ser um reflexo sutil de dores passadas ou emoções não resolvidas.
Frequentemente, elas servem como um mecanismo de defesa, uma forma de expressar vulnerabilidade ou de manter os outros à distância.
O problema é que essas palavras não apenas comunicam o que sentimos—elas também influenciam nossos relacionamentos e a forma como os outros nos percebem.
Aqui estão sete frases comuns que pessoas emocionalmente feridas tendem a usar e o que elas podem realmente estar dizendo por trás das palavras:
1) “Tanto faz…”
Eu costumava dizer isso o tempo todo, especialmente quando me sentia magoado ou ignorado.
Se alguém me decepcionava ou se eu me sentia excluído de uma conversa, ao invés de expressar o que sentia, eu simplesmente encolhia os ombros e soltava um “Tanto faz”.
Mas, olhando para trás, percebo que eu não estava sendo honesto—nem com os outros e, principalmente, nem comigo mesmo.
A verdade é que importava, sim.
Eu só não sabia como expressar isso sem parecer um incômodo.
A psicóloga Brené Brown, conhecida por seu trabalho sobre vulnerabilidade e vergonha, diz:
“A vulnerabilidade soa como verdade e parece coragem. Verdade e coragem nem sempre são confortáveis, mas nunca são fraqueza.”
Para mim, dizer “Tanto faz” era uma forma de evitar o desconforto.
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Admitir que algo me machucava parecia algo muito difícil—então, eu preferia simplesmente fechar essa porta.
O problema dessa frase é que ela nos impede de reconhecer nossos próprios sentimentos.
E mais: pode impedir que as pessoas ao nosso redor compreendam o que realmente precisamos ou como nos sentimos.
2) “Eu não ligo.”
Não consigo contar quantas vezes já disse essa frase quando, na verdade, eu me importava muito.
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Seja sobre uma decisão que alguém tomou, algo de que fui deixado de fora ou até mesmo um relacionamento que estava se desfazendo, “Eu não ligo” se tornou minha resposta automática.
Mas não era verdade.
O problema não era que eu não me importava, e sim que admitir isso me assustava.
Demonstrar que algo importava significava abrir espaço para a decepção, para a rejeição, para a dor—e isso parecia ser demais para lidar.
A grande questão é que fingir indiferença não faz a dor desaparecer.
Na verdade, só faz com que ela fique ainda mais profunda, porque nos impede de processar essas emoções e de deixar que os outros vejam o que realmente está acontecendo.
Com o tempo, percebi que dizer “Eu não ligo” não estava me protegendo da dor—estava me mantendo preso nela.
3) “Só estou cansado(a).”
Essa frase pode parecer inofensiva, mas para pessoas emocionalmente feridas, “Só estou cansado(a)” muitas vezes significa muito mais do que um simples cansaço físico.
Eu sei disso porque já usei essa desculpa inúmeras vezes para evitar admitir que estava emocionalmente esgotado ou sobrecarregado.
Parecia mais fácil e seguro culpar o cansaço por meu desânimo ou afastamento do que realmente falar sobre o que estava me incomodando.
Afinal, ninguém questiona quando alguém diz que está cansado, certo? Mas a verdade é que, na maioria das vezes, eu não estava apenas cansado. Eu estava machucado.
O psicólogo Carl Jung disse:
“As pessoas farão qualquer coisa, por mais absurda que seja, para evitar enfrentar sua própria alma.”
Essa frase me toca profundamente porque “Só estou cansado(a)” muitas vezes é uma forma de desviar—não apenas dos outros, mas de nós mesmos.
É uma maneira de evitar sentimentos desconfortáveis como tristeza, ansiedade ou frustração, sem ter que encarar o que realmente está acontecendo.
O mais irônico é que dizer “Só estou cansado(a)” pode parecer um alívio momentâneo, mas na verdade nos mantém presos no mesmo lugar.
Reconhecer o esgotamento emocional—e não apenas o físico—é um dos primeiros passos para a cura.
4) “Eu não preciso de ninguém.”
Por muito tempo, eu usei essa frase como um escudo. Dizer “Eu não preciso de ninguém” parecia um símbolo de força—uma prova de que eu conseguia lidar com tudo sozinho.
Mas, no fundo, não era força. Era medo.
Medo de ser decepcionado. Medo de ser rejeitado. Medo de depender de alguém e essa pessoa não estar lá quando eu mais precisasse.
Era mais fácil afastar as pessoas do que correr o risco de me machucar.
A independência é importante, mas a conexão também é.
Quando negamos nossa necessidade pelos outros, estamos negando uma das partes mais essenciais do que significa ser humano.
O fato é que dizer “Eu não preciso de ninguém” não nos protege da solidão—só constrói muros que impedem que as pessoas se aproximem.
Demorei a perceber que precisar dos outros não é um sinal de fraqueza—é um sinal de humanidade.
Deixar as pessoas entrarem pode ser assustador, mas também pode ser incrivelmente curador.
5) “Já estou acostumado(a)…”
Eu costumava dizer essa frase como se não me incomodasse—como se a decepção, o descaso ou a frustração fossem apenas algo normal na minha vida.
“Já estou acostumado(a)” virou minha forma de fingir que nada me afetava.
Mas a verdade?
Cada vez que eu dizia isso, eu estava escondendo o quanto aquilo realmente doía.
Admitir que algo estava errado parecia inútil porque, na minha cabeça, nada mudaria de qualquer forma.
Olho para trás agora e percebo o peso dessa frase.
Não era resistência—era entorpecimento.
Dizer “Já estou acostumado(a)” pode parecer uma forma de se proteger, mas muitas vezes nos impede de exigir o tratamento que merecemos.
A verdadeira mudança começou quando entendi que só porque algo aconteceu antes, isso não significa que eu tenha que aceitá-lo para sempre.
6) “Eu não sou bom/bom o suficiente.”
Eu nunca disse essa frase em voz alta, mas ela vivia na minha mente.
Ela estava presente quando hesitei em falar em reuniões, quando evitei correr riscos, quando duvidei de cada decisão que tomava.
Foi uma crença que eu internalizei após anos sentindo que nunca era suficiente.
O psicólogo Albert Ellis disse:
“Os melhores anos da sua vida são aqueles em que você decide que seus problemas são seus. Você não os culpa por sua mãe, pela economia ou pelo governo. Você percebe que controla seu próprio destino.”
Quando ouvi isso, foi um grande despertar para mim.
Percebi que aquela voz que me dizia “Você não é bom o suficiente” não vinha de ninguém além de mim mesmo.
E o pior? Eu estava dando poder a essa voz.
O desafio foi aprender a questioná-la.
E quanto mais eu faço isso, mais percebo que ela nunca dizia a verdade.
7) “Eu não quero falar sobre isso.”
Perdi a conta de quantas vezes usei essa frase para encerrar uma conversa antes mesmo de começar.
Mas no fundo, o que eu realmente queria dizer era:
“Eu não sei se é seguro deixar você entrar.”
O problema é que se fechar para essas conversas não faz com que os sentimentos desapareçam—na verdade, só os torna mais pesados.
Com o tempo, aprendi que me abrir, mesmo que um pouco, pode ser incrivelmente libertador.
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